Segundo ainda o editorialista, o Governo Federal, em várias fases da implementação do imponente projeto redentorista, teve atuação destacada. Incluem-se, o governo de Juscelino Kubitschek que deu a estrutura metálica da torre da Basílica Nova; o governo de Costa e Silva que construiu a "Passarela da Fé"; o governo de João Figueiredo que pagou o asfaltamento do pátio interno do Santuário para a vinda do Papa, em 1980; e ainda no majestoso Centro de Eventos, recém inaugurado, placa de um Ministério Federal informaria o valor ali aplicado. Quanto à última afirmativa, não há notícia da dita placa nem da parte dos primeiros responsáveis pela obra. Na ótica do redator, pois, tais governos foram cúmplices do projeto de corrupção dos redentoristas instalado em Aparecida, o que exige ação urgente de quem de dever para reaver o dinheiro irregularmente aqui empregado...
Para não concluir (plagiando o texto no penúltimo parágrafo), a mais importante reflexão do dono do jornal O LINCE, como ele mesmo escreve, diz respeito à fase agressiva do grande projeto de implementação de uma estrutura de turismo de confinamento. O plano inclui, além de toda a área da Nova Basílica, o recém inaugurado hotel, com seu espaço privilegiado de lazer, de compras (evidentemente, e que o texto não lembra) e devocional, por suposto. Assim, os "gestores congregados", como somos chamados nesse momento, querem manter o romeiro turista ou vice versa nos espaços comercialmente administrados pelo santuário. Tudo, a conclusão se impõe, para que os inescrupulosos redentoristas de Aparecida se enriqueçam.
Essa postura de certa parte de aparecidenses é antiga e recorrente. Mas, quanto eu saiba, nunca chegou às páginas de um jornal - que deseja distinguir-se pelo que "tem o que ler" - de maneira tão crua e desonesta. Acusar-nos de ter perdido o ideal e o sentido da nossa vida e de nosso trabalho ofende-nos profundamente.